HOMOFOBIA E HETEROSSEXISMO

Todos gays já ouvimos nem que seja uma vez na vida a palavra Homofobia, mas será que todos sabem o que a palavra realmente quer dizer? E ainda, alguém já ouviu falar em heterossexismo? Pois bem, agora ajudaremos você a desvendar esses dois enigmas:

O que é a homofobia?
Homofobia = aversão e medo mórbido irracional, desproporcional persistente e repugnante da homossexualidade ou de se tornar homossexual. Mais especificamente a Homofobia caracteriza o medo e o resultante desprezo pelos homossexuais que alguns indivíduos sentem. Para muitas pessoas é fruto do medo de elas próprias serem homossexuais ou de que os outros pensem que o são. O termo é usado para descrever uma repulsa face às relações afetivas e sexuais entre pessoas do mesmo sexo, um ódio generalizado aos homossexuais e todos os aspectos do preconceito heterossexista e da discriminação anti-homossexual.

O que é o heterossexismo?
O termo "heterossexismo" não é familiar para muitos porque é relativamente recente. Relativamente há pouco tempo é que tem sido utilizado, juntamente com "sexismo" e "racismo", para nomear uma opressão paralela, que suprime os direitos das lésbicas, gays e bissexuais. Heterossexismo descreve uma atitude mental que primeiro categoriza para depois injustamente etiquetar como inferior todo um conjunto de cidadãos.
Numa sociedade heterossexista, a heterossexualidade é tida como normal e todas as pessoas são consideradas heterossexuais, salvo prova em contrário. O heterossexismo está institucionalizado nas nossas leis, órgãos de comunicação social, religiões e línguas. Tentativas de impôr a heterossexualidade como superior ou como única forma de sexualidade são uma violação dos direitos humanos, tal como o racismo e o sexismo, e devem ser desafiadas com igual determinação.
Manifestações de homofobia internizada:
1. Negação da sua orientação sexual (do reconhecimento das suas atrações emocionais e sexuais) para si mesmo e perante os outros.
2. Tentativas de mudar a sua orientação sexual.
3. Sentir que nunca se é "suficientemente bom" (por vezes tendência para o "perfeccionismo").
4. Fraco sucesso escolar e/ou profissional; ou sucesso escolar e/ou profissional excepcional, como forma de ser aceito.
5. Baixa auto-estima e imagem negativa do próprio corpo.
6. Desprezo pelos membros mais "assumidos" e "óbvios" da comunidade Gay, Lésbica, Bissexual e Transgêneros.
7. Negação de que a homofobia, o heterossexismo, a bifobia, a transfobia, o sexismo são de fato problemas sociais sérios.
8. Desprezo por aqueles que não são como nós; e/ou desprezo por aqueles que se parecem conosco.
9. Projeção de preconceitos num outro grupo alvo (reforçado pelos preconceitos já existentes na sociedade).
10. Tentativas de passar por heterossexual, casando, por vezes, com alguém do sexo oposto para ganhar aprovação social ou na esperança de "se curar".
11. Controle contínuo dos seus comportamentos, maneirismos, crenças e idéias.
12. Fazer os outros rirem através de mímicas exageradas dos estereótipos negativos da sociedade.
13. Relutância em estar com ou em mostrar preocupação por crianças por medo de ser considerado "pedófilo".
14. Práticas sexuais não seguras e outros comportamentos destrutivos e de risco (incluindo riscos de gravidez e de ser infectado com HIV).
15. Separar sexo e amor e/ou medo de intimidade. Por vezes pouco ou nenhum desejo sexual e/ou celibato.
16. Desejo, tentativa e concretização de suicídio.

Crime de homofobia
Infelizmente, a legislação brasileira é omissa no que tange à discriminação baseada na orientação sexual do indivíduo. O que ocorre é a necessidade de uma formulação legal urgente, a fim de acabar, ou pelo menos, reprimir tanta violência praticada contra os homossexuais, justamente porque não há amparo legal. Violências físicas são comuns, levando o Brasil ao ranking de país mais violento do mundo quando o assunto é homossexualidade. Mas, além disso, há uma outra espécie de violência que deveria ser observada pelas autoridades: a violência religiosa. Muito membros de instituições religiosas adotam pontos de vista liberais e outros preferem defender posições mais conservadoras com relação à sexualidade. As discordâncias são profundas e parecem sem solução, pelo menos a curto prazo. A homofobia acaba ganhando espaço e muitos dos atos violentos praticados contra homossexuais se dá a partir da noção deturpada pela religião de que a homossexualidade deve ser destruída. Enquanto este conflito religioso sobre o que é e o que não é permitido, em termos de religiosidade, continuar sem solução, muito sofrimento e inúmeros suicídios ocorrerão dentro da comunidade homossexual. O "banimento" destes indivíduos permanecerá num nível altíssimo e inúmeras mortes e suicídios continuarão a ocorrer enquanto muitos religiosos insistirem a levar a aversão à homossexualidade que suas igrejas pregam e estendê-as como ódio pelos homossexuais. Acredita-se que esta "homofobia sistematizada" (senão dizer, "organizada") é, atualmente, responsável pelas mortes de jovens homossexuais num grau semelhante à responsabilidade pelo extermínio de bruxas e outros"heréticos" durante a Idade Média e a Renascença. É preciso observar, urgentemente, qual é o verdadeiro papel da religião quando o assunto é homossexualidade: Incitar o ódio e a violência ou amar o próximo como a si mesmo.



Fonte : http://www.abalo.com.br/medos/index.htm

2 comentários:

Rafa disse...

bom texto, tema complexo, muito prexonceito...

O príncipe bêbado e a plebeia equilibrista – Um encontro marcado
Olá!
Acabo de postar no meu blog o texto Fábula
Para acessar o texto o link direto é
http://cemiteriodaspalavrasperdidas.blogspot.com/2009/09/o-principe-bebado-e-plebeia.html
Cemitério das Palavras Perdidas
http://cemiteriodaspalavrasperdidas.blogspot.com/

iMarty Turbo disse...

texto bom...



www.imarty.tk